sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Vento que venta cá, também venta lá


padre Edvino Alexandre Steckel

Acho que o Brasil está acostumado a ver, ler e ouvir reportagens sobre igrejas evangélicas envolvidas com escândalos financeiros. Não seremos ingénuos em acreditar em tudo que lemos, porém, algumas dessas matérias têm um fundamento concreto. Não estou aqui para defender A ou B, mas confesso que essa perseguição aos evangélicos já ficou uma coisa chata, principalmente por parte da Rede Globo. Hoje estava lendo uma matéria sobre o mesmo tempo, só que desta vez envolvendo a Igreja Católica.

O jornal carioca O DIA noticiou em maio um esquema de gastos milionários realizados pelos então arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Eusébio Scheid. Outro nome de peso da Igreja Católica também está com o nome na berlinda, o ex-ecônomo da Arquidiocese, o padre Edvino Alexandre Steckel. Mas o que chamou a atenção foi a irritação do atual arcebispo, Dom Orani Tempesta, um figura acima de qualquer suspeita, condecorado pela Câmara de Vereadores do Rio, Tempesta se irritou ao ser questionado sobre o escândalo financeiro na cúpula da igreja e foi curto e grosso: "Aquilo que a Igreja tem no interno dela, cabe a ela resolver".

O Ministério Público já está investigando as movimentações da igreja. A fonte de distribuição de toda essa grana foi um cartão de crédito em nome da Associação de Solidariedade Justiça e Paz (ASJP). Fundada em 2006 por Dom Eusébio e Edvino, a entidade tinha por finalidade utilizar os lucros do cartão em ações sociais realizadas pela igreja, mas não foi bem isso que aconteceu.

As maiores "ações sociais" feitas com o lucro do cartão foi em benefício próprio de seus dirigentes, entre as estravagâncias estão uma apartamento na Praia do Flamengo avaliado em R$ 2,2 milhões, moveis de luxo e dois carros importados com valor cada um de R$ 85 mil. Uma auditoria interna comprovou gastos desnecessário em torno de R$ 14 milhões, dinheiro que deveria ser investido em benefício da comunidade carente carioca.

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