Se vocês buscarem no meu blog, irão encontrar uma postagem antiga em que falo sobre um filme publicitário, lançado pela Rede Globo de Televisão em comemoração aos seus 45anos. Até aí tudo bem, só que esse filme causou grande polêmica na internet, pois era clara a intenção de promover a campanha do candidato José Serra, do PSDB. O filme foi tirado do ar. Mas a campanha da Globo para Serra, continua.
Não é de hoje que sabemos que tanto a Globo, quanto o Serra têm visões políticas e de Brasil muito semelhantes, ambos buscam o favorecimento de classes sociais mais privilegiadas. E uma coisa é fato, nos 8 anos de governo Lula, a Rede Globo perdeu muito o prestígio moral e financeiro que Fernando Henrique e Fernando Collor (ambos patrocinados pelos Marinhos)"doaram" à emissora.
Logo depois da confirmação da votação para presidente, mostrando que iria ter segundo turno entre Serra e Dilma, o candidato do PSDB (pela manhã) foi visitar uma obra feita em seu mandato de governador paulista. Lá a imprensa acompanhou Serra e as reportagens foram exibidas em seus determinados locais, como Globo e Record que destacamos a seguir.
Mas vendo isso, mostra que é evidente a ligação da emissora dos Marinhos com o candidato tucano, ou pelo menos, deixando de mostrar o lado ruim disso tudo. Na reportagem da TV Record, feita pela jornalista Natália Leite, focou em protesto de moradores do lugar, reclamações da obra mal feita por ele, e ainda que o candidato teve que sair do lugar pois não tinha condições de seguir a campanha, com tantas pessoas contra ele. E mostra seu discurso, que diz ser ambientalista (por isso deviria ganhar apoio do PV), mas defende da construção da usina de Belo Monte, uma tremenda falta de posição para discursar.
Para a TV Globo estas palavras mostram que o candidato está em contradição, e o que fazer para evitar que o povo que assistia o jornal nacional visse aquilo? Só não passar. Pois bem, na reportagem de José Roberto Burnier ele mostrou abraços de moradores (o contrário do protesto), revelou sobre obra feita (uma espécie de propaganda gratuita no jornal de maior audiência do país) e ainda na entrevista somente citou sobre alianças. Ou seja, bem o contrário do que a Record mostrou.
Você leitor pode até pensar que cada emissora tem uma linha editorial, mas notícia é notícia e não deve ser acobertada de nenhuma maneira. Não estamos defendendo ou criticando em excesso Serra, Dilma, Globo ou Record, mas que fique evidente para você a distância que tem jornalismo, em certos veículos, da verdade.
Veja os vídeos:
O texto em itálico é do site: rd1audiencia.com
Não vou aqui dizer que a Dilma é a figura que melhor representa o governante ideal para o nosso País, mas posso afirmar que eleger Serra presidente do Brasil é dar vários passos para trás na democracia e na pluralidade jornalística brasileira.
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