terça-feira, 18 de maio de 2010

Conversando na semana passada com uma amiga e professora, resolvi que seria legal postar aqui alguns textos que escrevi em sala de aula. A matéria era Redação e Estilo, da sempre estilosa e comunicativa professora Vanessa Paiva, que já havia sido minha redatora chefe no Jornal Fonte, quanta bronca levei por não ter o dom da sintaxe, escrevia demais! Então amigos, segue um texto muito bacana, que fizemos em cima de outro lido em sala de aula: "O dia de um homem em 1920" Escrito por João do Rio em 1910.

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"O dia de um homem em 2020"

Se vamos imaginar um homem em 2020, temos em nossa frente duas linhas de possibilidades. Como nos antigos livros que devorava na escola, vou dar ao meu personagem dois caminhos. Mas como o chamarei? Vejamos! Vou chamá-lo de Bolinha, em homenagem ao fiel companheiro de uma professora-amiga. Então Bolinha, se decidir viver em 2020 pós Nostradamus e Maias, vá para a página 29. Se decidir cair de paraquedas em um ano seguindo as evoluções naturais de nosso planeta, vá para a página 15.

Brincadeiras à parte, temos que acreditar que está data não está muito longe, o tempo tem passado de forma avassaladora, mas não porque ele tem corrido mais rápido, mas é porque o nosso tempo tem ficado cada vez mais curto diante da quantidade de atividades que desejamos cumprir ao longo do dia e aquelas que temos a obrigação de realizá-las.

Bolinha, nosso personagem, talvez se sinta mais feliz em viver em um ano de 2020 após o suposto fim do mundo sugerido por Nostradamus e relatado no filmem "2012". Nesse cenário ele estaria viajando em uma arca de metal, com um grupo de americanos podres de rico indo morar no único lugar do planeta onde o filme não foi exibido e por isso não destruído, o continente africano. Um novo momento, começar tudo do zero, talvez agora de forma mais correta, ou não.



O nosso jovem Bolinha acorda em 26 de abril de 2020 (sem Nostradamus), ainda em seu quarto entra em um compartimento conhecido como "câmara de higienização humana", ainda em seu banho de vapor ele lê seus e-mail's e as principais informações do dia em sua lente de contato com conexão wireless e recepção digital HD. Bolinha sai de seu banho quase virtual, vai até seu armário e pega duas barras de cereais que contém calorias e nutrientes suficientes para se manter alimentado por um bom tempo.

Bolinha aciona em seu quarto seu computador pessoal, com ativação de comandos por pensamentos e com uma tela de 350 polegadas. Ali ele faz teleconferências, transações bancárias, compras e ainda assiste o seu desenho preferido, o Chaves, que mesmo depois de tantos anos ainda é o grande sucesso do SBT, uma emissora conceituada que é administrada pela jovem menina prodígio Maísa, no momento com vividos e exaustivos 16 anos.

Depois desta maratona tão cansativa de monotonia Bolinha vai dormir às 20h para esperar a rotina do próximo dia. Tudo é tão virtual e globalizado que não precisa sair de casa para sobreviver. Relacionamento humano prejudicado, é um preço pago pela vitória da evolução tecnológica.

Bem vindo à 2020!
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Comentário da professora: Bom texto, com redação correta e estilo divertido!
Tirei nota máxima!!

Em breve postarei outros!